Na semana passada gostei muito deste artigo de opinião do Daniel Oliveira escrito no jornal Record:
"As multidões têm comportamentos um pouco estranhos. Quando Maniche foi expulso, foi aplaudido de pé por muitos adeptos presentes na bancada central de Alvalade. Mostrando maior discernimento, acabou por pedir desculpa. Quando o jogo acabou, a bancada vaiou e mostrou lenços brancos à equipa. Confesso que às vezes fico baralhado com os sportinguistas. Aplaudem o homem que se faz expulsar e assobiam os que ficam em campo a fazer o seu trabalho?
Os protestos dirigiam-se também a Paulo Sérgio. Mentiria se dissesse que estou esmagado com o seu desempenho. O lugar em que o Sporting está fala por si. Mas, ainda assim, volto a espantar-me com os humores dos adeptos. E parece haver um padrão. Bölöni e Peseiro, que punham o Sporting a jogar futebol, sempre foram maltratados. Paulo Bento, pelo contrário, foi adorado sem ter resultados, com um futebol horrível, com os jogadores a piorarem todos os dias nas suas mãos e sem ter lançado um único jovem. Durante anos a fio era como se a massa associativa estivesse enfeitiçada com tanta tranquilidade na derrota. Depois dele, Carlos Carvalhal nem aqueceu o banco. Ainda não tinha começado a treinar e já era o culpado pelo estado em que a equipa se encontrava. Paulo Sérgio vai pelo mesmo caminho. Não chegámos ao Natal e tudo o que de mau ali continua a ele é atribuído.
Alvalade parece padecer de uma injustiça crónica. Nada de especial. As multidões nunca foram dadas à racionalidade. Mas se elas continuam a ditar as decisões do clube, sabemos o que nos espera: saltar de treinador em treinador até percebermos que o problema se senta no camarote presidencial. E mais uma vez não é de agora. Desde Roquette que nos preparamos para isto. Com aplauso geral da bancada."
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
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