terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Jornalismo" de Classe


Às vezes pergunto-me o que passará na cabeça de alguns ditos jornalistas quando escrevem determinada notícia ou atacam determinado clube. Já me perguntei muitas vezes o que será que motiva a irresponsabilidade jornalística de não se ser imparcial quando se escreve para uma publicação que se assume como tal.

Quando João Querido Manha (JQM) escreveu um chamado "artigo de opinião" depois do jogo entre o nosso Sporting e o seu Benfica, branqueando os erros clamorosos de arbitragem e focando o "erro", se é que lhe podemos chamar isso, do nosso Rui Patricio, eu pensei "irra, este senhor não só não é imparcial como ainda tem o desplante de atacar o guarda-redes da Selecção do seu país em vésperas de dia de jogo importantíssimo...". 

Perguntei-me nesse momento o que é que passará pela cabeça de um dito jornalista quando escreve um texto desta índole e o que o motivará a arriscar prejudicar a estabilidade emocional de um jovem guarda-redes, mesmo antes de um jogo que pode decidir a participação da NOSSA Selecção (e neste "nós" incluo sportinguistas, benfiquistas, portistas e na loucura até o JQM) no Mundial de 2014.

Hoje ao ver esta capa de um outro dito jornal tambem dito imparcial, só consegui rir. E ri bastante.


Confesso que tive de olhar várias vezes para ter a certeza do que estava a ver.

Caso não tenham reparado, na capa d'A Bola, está o onze titular que alinhou no passado jogo contra a Suécia no Estádio da Luz. Ou estaria, não faltasse única e exclusivamente o Rui Patrício, titular da baliza da Selecção Nacional e titular da baliza do Sporting Clube de Portugal. 

Honestamente não consigo conceber qual terá sido a motivação para não o incluir. Não sei se, tal como o JQM, há alguém na redaçao d'A Bola que tem algum problema pessoal com o Rui, se têm inveja da sua vida amorosa, se não apreciam mesmo que o melhor guarda-redes português da actualidade seja jogador do Sporting ou se só não gostam do seu corte de cabelo. Mas sinceramente custa-me a aceitar que a não inclusão do nosso guarda-redes nesta capa tenha sido apenas outra coincidência jornalistica. E a não o ser, não sei como categorizar este tipo de "jornalismo".

Vai na volta é porque é o único que não veste de vermelho!

NOTA: numa versão inicial deste post, cometi o erro de comentar como se o JQM fosse o director d'A Bola. De facto não o é. Mea culpa, o "jornal" de que JQM é director é o Record. A verdade é que muitas vezes acabo por confundir o clubismo não assumido de um jornal com o clubismo assumido do director do outro. Na prática, o resultado dos últimos anos tem sido o mesmo.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

No bom caminho



 
O Sporting está no bom caminho. A prova disso é o respeito que os nossos adversários nos demonstram e das eufóricas celebrações de uma vitória, mesmo obtida nas circunstâncias em que foi obtida. 

Não esquecer que esta equipa vem da sua pior classificação de sempre, não está nas competições europeias, perdeu alguns dos seus mais promissores jogadores, e investiu apenas 2M€ para esta época. 

Quis o destino que nos calhasse em sorte para a Taça de Portugal, em fase tão prematura da competição, o vice-campeão zon/sagres, vice-campeão da Taça de Portugal, e vice-campeão da liga Europa. Ainda por cima no campo deles, onde tipicamente somos recebidos de forma hostil, como se de uma guerra o futebol se tratasse.

À primeira vista, foi tudo um grande azar, onde mais não devíamos esperar do que uma derrota sem contemplações. 

Mas contrariamente ao esperado, a equipa mostrou que este não é o Sporting dos últimos anos, mostrou garra, recuperou de duas situações de desvantagem (um delas por dois golos), conseguiu levar a jogo para prolongamento, acabando por se deixar vencer por a inexperiência típica de uma equipa baseada na formação. 

Agora há que corrigir os erros, comuns na espécie humana. Se o jogos fossem comandado por robôs, em vez de por homens, o mais certo (de acordo com os especialistas na matéria), seria termos vencido 2-4 sem necessidade de ir a prolongamento. Mas como este não é um mundo de robôs, temos que continuar a trabalhar com o que temos. 

Mas o que fica daqui é a mudança de mentalidades. Outrora, quem nos acusava (erradamente) do nosso campeonato ser vencer os nossos rivais, hoje já celebram euforicamente as vitórias sobre nós, como se de um título se tratasse, desejando-nos um bom Natal, como se a época acabasse aqui. Isto quando estamos à frente deles no campeonato ( fonte site oficial da liga), demonstra bem que algo está diferente. 

Por isto tudo, estamos sim no bom caminho. Mas temos que ir com calma. Não podemos esperar que passemos do pior ano de sempre, para o melhor ano de sempre. Mas se tivermos paciência com estes jovens, e os adeptos mantiverem o apoio como até aqui,  no médio/curto prazo teremos muitas razões para festejar. 

Viva o Sporting!


P.S. Desejo muito sorte à Selecção para o difícil embate com a Suécia, mesmo aos jogadores que atuam em equipas rivais. Viva Portugal.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Façam as contas!

Mesmo após a derrota no porto o nosso clube continua a dar sinais positivos relativamente à recuperação que tem de ser feita em todos os dominios do clube.

Ao nível do marketing têm sido lançadas várias ações muito bem desenvolvidas e que puxam por todos aqueles que sentem o Sporting.

Acho é que simultaneamente vamos vendo coisas como aquelas que aconteceram no porto, envolvendo claques e grupos organizados, que absorvem completamente os impactos das ações levadas pelo clube.

Será que ninguém ainda fez contas ao número de adeptos, familias, mulheres e crianças que não vão ao estádio por acharem que é perigoso? Nem tenho a esperança que alguém decida algo por valores morais. Mas pelos económicos já acho que é possível os decisores chegarem lá.

Eu tenho a certeza que o balanço é muito negativo para todos os clubes e para o futebol em geral. Veja-se o que fizeram os ingleses e o futebol que têm hoje.