sexta-feira, 20 de julho de 2012

Episódios no nosso futebol

Como o mercado de transferências está morno, fruto do obrigatório encolhimento dos nossos competentes dirigentes, estamos a ter o prazer de assistir a vários episódios muito interessantes.

A história dos empréstimos entre clubes da mesma divisão parecia revelar alguma preocupação dos clubes portugueses em acabar com algumas promiscuidades. Parecia, porque entretanto, o nosso dignissimo Conselho de Justiça veio pôr ordem na festa e dizer que o acesso livre ao trabalho não permite que exista esse tipo de impedimento. Começaram de imediato o porto e o benfica a distribuir os seus jogadores pelos vários clubes.

Na Madeira, o governo regional, à semelhança de tudo o que é público, decidiu reduzir o apoio (que pessoalmente considero escandaloso) aos clubes madeirenses. Não demorou muito a termos um dos personagens mais representativo do futebol português a aparecer com ameaças e, inclusivé, a demitir-se. Passadas umas horas, o governo regional voltou a atrás e lá deu mais uns trocos aos clubes. Ainda bem, porque assim podemos ter clubes na 1ª Liga com assistências médias abaixo dos 1000 espetadores (não considerando os jogos com os grandes, onde até podem chegar aos 2/3 mil).

Na segunda Liga, soubemos agora que as duas equipas que desceram de divisão vão afinal jogar na segunda Liga. Covilhã e Portimonense vão permanecer nesse escalão porque entretanto o U.Leiria e o Varzim simplesmente já não conseguem enganar os serviços administrativos da Liga nem os procedimentos fiscais. Ao mesmo tempo, outros clubes foram arranjando esquemas criativos para permanecer em competição, arrastando por mais um ano os seus dificeis relacionamentos com as Finanças e a Segurança Social.

Posto isto, e voltando ao nosso clube, gostava que o Sporting assumisse publicamente uma posição de força nestas questões, defendendo aquilo que tem que ser defendido a bem do futebol português.

Sei que estivemos na origem da proposta relativamente ao 1ºponto. Mas tendo sido agora chumbado, gostava, como sócio do SCP, que a nossa Direção assumisse publicamente a sua reação ao desenrolar do processo.

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