segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A credibilidade constrói-se todos os dias!

Declarações do presidente Godinho Lopes : “Se tenho dinheiro meu no clube? Tenho a credibilidade, uma coisa que leva muitos anos a construir. E é essa credibilidade que me tem permitido, até hoje, ter conseguido, desde que estou há dois anos no Sporting, 108 milhões de euros para colocar no clube. Isso dá trabalho. A credibilidade constrói-se todos os dias”

Estas declarações são sem dúvida nenhuma uma fonte inesgotável para possíveis análises. Sem querer entrar muito pela discussão da expressão credibilidade (ainda me lembro da sentença que este senho recebeu há uns anos atrás), concentrava a minha análise nos 108 milhões de euros colocados no SCP.

Ora bem, a primeira coisa que me ocorre é a curiosidade de saber de onde vêm os 108 milhões de euros. Foi investimento feito por terceiros? Foi um donativo? Ou terá sido financiamento bancário? Obviamente parece-me que esta última hipótese será a mais provável. Por isso, este grande mérito de alguém muito credível é ter conseguido financiamento bancário para depois conseguir fazer que explico no parágrafo seguinte.

A segunda análise é tentarmos comparar o financiamento obtido com os resultados obtidos nestes primeiros 18 meses de gestão de Godinho Lopes. Como já tenho vindo a escrever aqui, a soma dos resultados da SAD nos 6 trimestres em causa resulta num valor aproximado de -92,5 milhões de euros. Se juntarmos a este valor o resultado previsível do último trimestre de 2012, que deverá rondar os -10 milhões de euros (se não for pior), chegamos quase perto do valor obtido em financiamento.

Assim, para concluir, o que o nosso presidente tem feito com a sua credibilidade é algo parecido com pedir dinheiro aos bancos e através de prejuízos consecutivos deitá-lo fora pela janela. No SCP ficam apenas mais uns 3 ou 4 milhões de euros de juros anuais a pagar e que serão subtraídos (ou somados conforme a perspetiva) ao já incomportável resultado negativo anual.

A credibilidade constrói-se todos os dias! Não vou esquecer esta.

13 comentários:

Álamo disse...

Aplauso convicto!...
Este post deveria ser lido por todos os sportinguistas que ainda andam agarrados às saias da "outra senhora"!...

SL

GBC disse...

A mim o raciocínio parece-me, sinceramente, parvo. Não é assim, não é parvo, é antes... básico. E é básico porque, se é fundamental o destino dado ao financiamento (e esse destino não pode ser analisado sob critérios básicos como números e resultados: a verdade é que o investimento feito no primeiro ano de mandato, podendo ter resultados iguais ou piores do que o segundo, foi incomparavelmente superior).

Achar que os prejuízos financeiros resumem a qualidade ou competência da gestão seria, por exemplo, assumir que JEB, no seu último ano, fez um trabalho não inferior ao que foi feito no primeiro ano de mandato neste CD: os resultados foram igualmente maus, a diferença é que num se investiu para destroçar um plantel (João Moutinho, Miguel Veloso, Adrien para Israel, vindas de Maniche, Pedro Mendes, Zapater, Hildebrand, Torsiglieri, NAC...), no outro investiu-se para se substituir activos velhos e sem qualiadde por jogadores jovens e com capacidade para, em campo, jogar bem - e não alteraremos o paradigma do Presente sem o fazermos.

É fácil hoje dizer que a gestão financeira de quem entrou foi um fiasco, é difícil dizer que de um meio-campo com Pedro Mendes, André Santos, Maniche, Zapater e Matías, se passou para um meio-campo com Fito Rinaudo, Stijn Schaars, André Martins, Adrien e Labyad (?). Dizer que todo o endividamento é mau é tão básico como não discernir bom investimento de mau investimento. Dizer que os valores - mesmo para o contexto em que JEB deixou o clube - foram ainda assim exagerados é diferente (e aí deve-se particularizar), mas não foi isso que fez.

De resto, também acho o artigo básico na medida em que, tal como faz em relação aos valores que foram investidos por este CD, também não contextualiza o acesso ao crédito (ou, se lhe preferir chamar assim, endividar-se e ter resultados negativos). Aliás, na forma como fala do assunto, parece achar que é uma banalidade conseguir empréstimos para pagar as actividades correntes, aos juros a que esses empréstimos foram obtidas. O momento do sistema financeiro - nacional e internacional - desanconselha a leviandade com que aborda o "acesso ao endividamento".

O grande ponto - ou, se quisermos ser tão extremistas como a maioria dos opositores, o único ponto - passível de crítica é o destino dado a esse endividamento. Eu também concordo que se investiu demasiado e mal, mas não acho que fosse possível apresentar resultados assim tão significativamente superiores ao que tanto o escandalizam.

(cont.)

GBC disse...

(cont.)

Agora, as declarações de GL remetem exclusivamente para o feito que tem sido arranjar financiamento/empréstimos aos juros a que tal tem sido conseguido (e eu acrescentaria: aos juros a que esse financiamento foi obtido). E esse feito (independentemente do mau destino que tem sido dado a esse dinheiro, que me faz achar que este CD não tinha capacidade para fazer do Sporting um clube com uma gestão suficientemente boa na área do futebol) deve ser reconhecido e salientado. E deve ser dito que só é conseguido, em parte, pelas boas relações existentes entre quem precisa do dinheiro e quem o empresta.

Claro que o Sporting continuará a ter dinheiro para gerir as suas actividades correntes, porque a falência implicaria o fim da torneira para quem lá pôs dinheiro - e esse dinheiro é demasiado para os bancos se darem ao luxo de não o virem a receber "de volta".

Porém, o que a malta da "promiscuidade com a banca" e da leviandade com que se aborda o acesso ao crédito não tem em conta, é que manter o Sporting vivo (a pagar a dívida a quem lhe tem emprestado dinheiro) não significa que se continue a emprestar tanto dinheiro e a juros futuros tão "modestos" (para aquilo que é hoje a situação da banca e o risco de emprestar dinheiro a uma SAD estruturalmente deficitária).

Tenho muito pouca esperança que o Sporting volte a ser o que já foi. E isto quase independentemente (nunca é independentemente, claro) de quem lá estiver. E como entre quem lá esteve, e quem se prepara para estar, não se vê absolutamente nada do que o Sporting precisa, ficam as memórias...

JG disse...

GBC, apesar de o seu comentário ter pontos interessantes e tender a concordar com algumas questões que coloca, permita-me discordar de si quanto ao bom investimento. O problema é exatamente esse. Se se tivesse feito bom investimento teríamos ativos vendáveis, isto para lá dos resultados desportivos serem outros. O problema é que não tem esses ativos vendáveis. Até porque muito do investimento foi feito em jogadores com um historial físico mais que duvidoso (com consequencias que se comprovaram rapidamente).

Resumindo e concluindo, não se pode considerar um bom investimento aquele que não consegue rentabilizar. Tanto em termos desportivos, como económicos.

Quanto ao ultimo parágrafo do que escreve, infelizmente também eu tenho medo que isso possa ser verdade...

MRL disse...

Caro GBC,

respondo a dois dos comentários que faz:

1. "Dizer que todo o endividamento é mau é tão básico como não discernir bom investimento de mau investimento"

Apesar de achar que nao disse isso, assumo que considerar o aumento de endividamento é negativo consoante for a situação antes desse endividamento. Para isso, quase todas as empresas utilizam um conhecido rácio de endividamento (endividamento/capital próprio). No caso do SCP, o facto de este rácio ser negativo (o recomendável é que esteja perto do 1) implica naturalmente que o endividamento é excessivo.

2."Eu também concordo que se investiu demasiado e mal, mas não acho que fosse possível apresentar resultados assim tão significativamente superiores ao que tanto o escandalizam"

Desculpe? Eu acho precisamente o contrário! Como é possível uma empresa com capital próprio negativo em -240 milhões de euros apresentar na principal empresa do grupo um resultado negativo em 45 milhões de euros?
Eu pergunto é como é que isto é possível?
Pergunto também se na sua casa gasta o dobro daquilo que recebe? Em vários anos consecutivos!
O Resultado não é uma obrigação. Qualquer empresa/clube tem que se habituar a gastar o que tem. Ou então irá rapidamente juntar-se à Fiorentina e ao Glasgow Rangers.

GBC disse...

JG,

«GBC, apesar de o seu comentário ter pontos interessantes e tender a concordar com algumas questões que coloca, permita-me discordar de si quanto ao bom investimento. O problema é exatamente esse. Se se tivesse feito bom investimento teríamos ativos vendáveis, isto para lá dos resultados desportivos serem outros. O problema é que não tem esses ativos vendáveis.»

Não necessariamente. Seria assim, se a qualidade ou o potencial dos jogadores fosse suficiente para um bom desempenho colectivo e a valorização dos jogadores. Não é.

«Até porque muito do investimento foi feito em jogadores com um historial físico mais que duvidoso (com consequencias que se comprovaram rapidamente).»

Quantos - em percentagem - do total dos contratados?

«Resumindo e concluindo, não se pode considerar um bom investimento aquele que não consegue rentabilizar. Tanto em termos desportivos, como económicos.»

Pode-se, porque os frutos de um investimento nem sempre se dão no Presente. É preciso potenciar esse investimento e pô-lo a dar frutos. Sendo que, para isso, é preciso que esse investimento seja bom (não é, porém, condição suficiente).

MRL,

«Qualquer empresa/clube tem que se habituar a gastar o que tem.»

E o que um clube tem para gastar é fixo, ou variável?

Se o Sporting gastasse o que tinha para gastar, após a saída do JEB, sem recorrer a mais endividamento, dificilmente o futebol do Sporting ainda sobreviva.

E dificilmente teria recursos para aproximar as receitas das despesas (recursos esses que, tal como os gastos com salários, não são fixos, podendo variar de um ano para outro).

Se devia ter vivido um pouco menos acima das possibilidades? Podia. Agora, como é que um Clube com as receitas já hipotecadas pode "gastar o que tem"?

GBC disse...

Nota - Seria também interessante calcular o valor das receitas do Sporting (afinal, aquilo que tem), para percebermos exactamente o Clube que teríamos "gastando o que temos".

Essas receitas (que, parece-me, em grande parte até já entraram no Clube anteriormente, e hoje são por isso muito reduzidas) serviriam para pagar os custos correntes + pagamento da dívida (com os juros anteriormente acordados) de que Sporting?

Ou seja, que Sporting teríamos investindo apenas as receitas que anualmente recebemos, no Presente momento, em salários e pagamento dos anteriores empréstimos?

JG disse...

GBC, o potenciar coletivo dos jogadores faz parte de uma estrategia pensada. O investimento desvalorizou se exponencialmente.Esse e um facto, ou nao sera assim?Voce nao mobila uma casa a comprar moveis avulso sem pensar se combinam uns com os outros...

Quanto aos jogadores com mazelas fisicas, Oniew, Schaars, Rinaudo, Jeffren chegam?

E quanto a Elias e Bojinov, o seu historico anterior falava por si.So aqui estao 11 milhoes jogadod ao lixo...

Claro que tambem houve boas contratacoes, como Insua, Wolkswinkel, Carrillo ou Schaars (apesar das mazelas fisicas) mas sem um enquadramento global estrategicamente pensado,mesmo os bons jogadores nao resultam.

Bom investimento? Onde? A politica de contratacoes foi mais do estilo ir ai super mercado, olhar aliatoreamente para as prateleiras e ir metendo produtos no cesto por impulso e ao calhas...

MRL disse...

Caro GBC,
desde já aproveito para agradecer a forma como expõe os seus argumentos. Apesar de termos opiniões divergentes confesso que são este género de argumentos que me fazem pensar nos assuntos e solidificar as minhas ideias, ou pelo contrário, mudá-las quando entendo diferentes pontos de vista. Infelizmente, aqui quem não concorda connosco costuma utilizar outro tipo de argumentos.

Quanto ao seu último comentário pego na frase “Se o Sporting gastasse o que tinha para gastar, após a saída do JEB, sem recorrer a mais endividamento, dificilmente o futebol do Sporting ainda sobreviva.”

Pergunto-lhe: Como sobreviverá o SCP se há pelo menos 5 anos gasta significativamente acima das receitas que tem? Como poderá sobreviver o SCP se os custos com dívida financeira têm vindo a aumentar drasticamente? E pior: Como poderá o SCP cumprir as regras da UEFA quando apresenta um rácio Gastos com pessoal/ Receitas acima dos 100%?

Refere também: “Ou seja, que Sporting teríamos investindo apenas as receitas que anualmente recebemos, no Presente momento, em salários e pagamento dos anteriores empréstimos?”

A minha resposta é polémica e dramática, mas é a realidade que temos: Teríamos apenas uns 10/15 milhões de euros para Ordenados e Amortizações dos passes. Na época passada o valor foi de 63,7 milhões de euros.

Posto isto lanço-lhe uma questão que para mim é verdadeiramente decisiva e extremamente complicada: Deve o SCP (na prática a SAD) elaborar um orçamento acima das suas potenciais receitas esperando que a boa performance do futebol aumente as receitas (via receitas correntes e extraordinárias – mais valias)?

Ps: Deliberadamente fugi aos seus comentários relativos ao recebimento antecipado de receitas futuras, outra questão complicadíssima na vida do SCP. É algo que só por si merecia um longo debate.

GBC disse...

JG,

Seguramente.

A valorização do investimento feito em jogadores foi mal feita (sobretudo, neste segundo ano de mandato). O investimento, em si, não foi mau (o meu seria sempre diferente, mas...).

Quanto aos jogadores, desses que refere, o Rinaudo e o Schaars não tiveram lesões crónicas, simplesmente lesões graves no Passado que os fizeram parar muito tempo. O próprio Onyewu creio que aconteceu o mesmo (mais tarde, depois de recuperado, simplesmente não foi opção técnica). No período que antecedeu a sua contratação, vinham jogando e estando bem fisicamente há muitos jogos. Uma situação, por exemplo, muito distinta da do Jeffren (ou do Izmailov).

Em relação ao Bojinov, creio que mais que problemas físicos constantes o jogador estava era numa má forma física (que, se ele quisesse, seria recuperável, pelo menos até um ponto mais próximo daquilo que antigamente prometia... infelizmente, nunca pareceu querer, e isso viu-se também noutras atitudes que teve por cá).

O Elias não tinha nenhum historial físico que aconselhasse a sua contratação. Dificilmente o teria contratado, mas à data o André Martins não jogava no Pinhalnovense, o Adrien tinha partido uma perna na Académica e o João Mário e o Chaby jogavam nos júniores. Além de que as contas não estão correctas: o Sporting gastou o dinheiro que aponta no Elias, mas recuperou parte dele quando vendeu 50% do seu passe.

A essas boas contratações eu acrescentaria o Marcelo Boeck (até pela carência de soluções na posição), a contratação do Rúbio (tem algum potencial), talvez do Jeffren (apesar das dúvidas físicas), do Rinaudo, do Pranjic (de quem não vi um único mau jogo a lateral-esquerdo, e de quem tinha uma boa opinião aquando da sua estadia no Bayern) e também o retorno do AS e do AM (em decisões tomadas por quem mandava para construir o plantel - e o Adrien por exemplo implicou um investimento elevado na renovação).

Porém, tudo isso se estragou nos últimos meses. As últimas escolhas para treinador-principal, e as últimas "mexidas" no mercado de Inverno, vieram estragar tudo o que de bom se tinha feito antes.

GBC disse...

MRL,

É verdade quanto à troca de argumentos. Assim, eu próprio ponho parte do que penso em causa.

Sobre a sua questão, sinceramente, eu penso que é possível aumentar e alavancar as receitas (com presenças na Champions, vendas de jogadores, quotização e bilheteira, e até mesmo em acções mais concretas e planeadas para que os sócios com mais capacidades financeiras possam ter a oportunidade de investir mais em produtos/modalidades que lhes interessem particularmente).

O contexto, porém, é muito difícil. O actual acesso ao crédito está tremendamente difícil, os juros em geral estão altos... é de equacionar outras opções, como uma redução drástica de custos. Porém, fica a questão: com essa redução drástica de custos, quanto poderão diminuir as receitas? E essa diminuição não porá em causa esses orçamentos, aliados ao pagamento do serviço da dívida (que continuará inalterável, independentemente dos gastos orçamentados daqui para a frente).

O Sporting tem uma dívida enorme. Será possível pagá-la tendo receitas semelhantes a um Braga ou a um Guimarães? E uma redução tão drástica de custos não poderá levar as receitas para valores dessa ordem?

Temos problemas enormes, frutos essencialmente da delapidação de activos de futebol feita no período do JEB e agravados pela má gestão do futebol neste segundo ano de mandato (onde seria exegível, depois da temporada passada, fazer uma boa campanha europeia e aceder à Liga dos Campeões que, a par da venda de um ou outro jogador, poderiam ter aumentado significativamente as receitas...).

Soluções são difíceis, e quem for incapaz de reconhecer o que de bom e mau as diferentes estratégias podem ter não será nunca uma boa solução para o Sporting.

Por exemplo, eu tenho algumas dúvidas que o Sporting se reequilibre apostando na formação. Os bons jogadores da formação quererão, ao mesmo tempo, salários que outros clubes lhes poderiam oferecer e sucesso desportivo. O Sporting, reduzindo drasticamente custos, não lhes poderia oferecer nem uma coisa nem outra. Não ficariam cá os "insuficientes" da formação? E os bons (não falo obviamente dos Ronaldos, mas dos meramente bons) ficariam cá mais do que a prazo?

Restrições aos gastos em função das receitas previstas/recentemente geradas? Eu acho que faz sentido, mas de uma forma conjunta; quem o fizer isoladamente, arrisca-se a (mesmo com um aproveitamento excepcional dos recursos/meios) perder a corrida para os adversários, nacionais e internacionais. E no Sporting "desistir" da corrida significaria pôr em causa a sua própria identidade enquanto clube grande...

JG disse...

Caro GBC, não contesto que individualmente alguns dos jogadores contratados poderiam acrescentar valor, se (e é um grande SE) tivessem sido comprados numa estratégia global que permitisse potenciar o coletivo e assim faze-los ficar na montra. Infelizmente, sabemos bem que não foi isso que aconteceu.

Resultado? Uma desvalorização brutal dos ativos que fez disparar as amortizações e teve um resultado finaceiro desastroso. Isto para lá dos conhecidos resultados desportivos.

Concordo consigo na questão dos treinadores, mas não apenas quanto aos ultimos meses. A tal estratégia de que falo esqueceu também que para fazer mexer as peças, a escolha do treinador era nevrálgica...E parece-me que essa esteve sempre desenquadrada do resto. Assim como a própria política de contratações me pareceu sempre resultado de atos avulso e não de uma estratégia pensada...

Acrescento que não concordo consigo quanto á questão das lesões. As lesões prolongadas ou crónicas deixam sempre mazelas para o futuro (e isso provou-se em qualquer dos casos).

Já no caso de Elias, Bojinov e já agora Gelson, o perfil anterior dos jogadores e um olhar cuidado sobre as suas carreiras desaconselharia fortemente a sua contratação. Para contratar, não basta olhar para o valor dos jogadores. É preciso também analisar a sua ficha clínica, o seu perfil psicológico e disciplinar e a gestão da sua carreira anterior...

É interessante que fale no Rubio. A esse nome eu acrescentaria Arias. E digo que é interessante porque tendo a concordar consigo que poderia ter sido uma boa contratação. É um jogador jovem, não foi caro e poderia ser um bom investimento para o futuro. O problema é que neste Sporting há pouca margem para isso. Os miudos não conseguem crescer e evoluir neste ambiente pesado que respiramos no Sporting...

MRL disse...

"Restrições aos gastos em função das receitas previstas/recentemente geradas? Eu acho que faz sentido, mas de uma forma conjunta;"

Essa situação não é expectável (através de regulação forte) e assim o que vai acontecer é que haverá uma corrida a ver quem aguenta mais tempo. E nessa corrida o SCP vai muito à frente dos seus adversários, a caminho do abismo.

Continuo a insistir que para voltarmos ao lugar que que sempre tivemos, não outra opção senão baixar um ou dois degraus em termos de expetativas. Vamos sem dúvida precisar de 1 ou 2 anos de muita contenção e de uma eficaz negociação com os nossos credores.