quarta-feira, 19 de junho de 2013

Criar para extinguir. Reduzir para alargar. Uma moda portuguesa?

Há uns dias atrás vi uma notícia relativa a umas declarações do presidente da Liga Portuguesa de Futebol, o Sr. Mário Figueiredo. Dizia ele que estava aberto à possibilidade de extinguir a Taça da Liga porque agora não faz sentido que os clubes da II Liga tenham tantos jogos.

Pessoalmente tenho a dizer que me irrita profundamente esta característica dos gestores e líderes. Cria e extingue. Alarga, reduz e volta a alargar. Cria algo de novo e por isso tem de reduzir. Mas depois alarga para que possa extinguir. E assim em diante.

No SCP também temos sofrido deste mal. Primeiro aposta-se na formação mas depois investem-se 30 milhões em jogadores estrangeiros. Depois volta novamente a aposta na formação. E passados alguns meses mais uns milhões em jogadores estrangeiros, por ventura, também eles com menos de 21/22 anos.

Chamo a isto falta de estratégia, falta de liderança ou, sendo mais radical, falta de força perante outros poderes económicos. Quem gere não quer gerir bem. Quer apenas ir agradando ou ir ganhando algum.

O engraçado é que a solução é fácil. Basta ir copiar o que os outros fazem. Mas não. Chegámos à pobreza que é o futebol português de hoje, onde o benfica e porto têm que ter vendas na ordem das dezenas de milhões de euros para andar à tona de água. Onde o SCP está falido e já chegou ao limite da sobrevivência. Onde todos os meses ouvimos falar de ordenados em atraso e de clubes em risco de não poder ir à UEFA. Onde na 2ª Liga todos os anos temos clubes a desistir das competições profissionais. E, para terminar, onde cada vez menos pessoas vão aos estádios.

Temos o futebol que merecemos porque aceitamos os líderes que temos. E enquanto não corrermos com eles nada irá melhorar.

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