segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A dignidade não está à venda

O nosso clube, tal como o país, está prestes encarar um dos maiores desafios da sua vida. Temos vivido épocas de grandes desilusões e administrações danosas que promovem a falta de transparência. Não conheço ninguém que ponha a mão no fogo pelos actuais líderes do nosso clube.

O dinheiro, sendo pouco, não deixa de entrar anualmente no Sporting. Da TV (o que a Olivedesportos cede gentilmente aos clubes), das quotas e lugares cativos, da publicidade, das bilheteiras, do merchandising, etc. Anualmente o Sporting terá receitas certamente acima dos 40 milhões de euros.

O problema é que temos variadissimos "stakeholders" para alimentar, cada vez mais esfomeados das poucas posses que temos. Eles não amam o nosso clube. Não sofrem por ele. Nem querem saber do nosso futuro. Enriquecem o mais rápido possível para brevemente desaparecerem sem deixar rasto.

Está na hora dos Sportinguistas porem um ponto final nisto. Está na hora de trazer de volta o amor à camisola. Não só dos jogadores mas principalmente de quem lidera o clube e as suas finanças. Tal como no país, temos de exigir honestidade e transparência, porque se não caminharemos para o fim do clube e para o caos na nossa sociedade.

Hoje à noite, em Alvaldade, o mínimo que se exige é a presença dos sportinguistas no estádio, nem que seja para mostrarmos que estamos dispostos a lutar por um Sporting melhor. E dentro de campo, exige-se o mesmo: muita garra, concentração e amor à camisola. Podemos até perder, mas a dignidade não é negociável.

Depois do jogo, outras batalhas virão. Escolhas dificeis e discussões acesas sobre o melhor modelo de gestão. E da minha parte estou pronto para luta e não abdicarei dos principios que ganhei na minha educação e com os quais associei em tempos o nosso grandioso Sporting.

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