quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Contas do trimestre

Lê-se nas contas da “Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD” relativas ao 1º trimestre (Julho a Setembro de 2010):

- O resultado operacional apresenta um aumento, face a idêntico período do ano anterior, de mais 13,7 milhões de euros;

- Este resultado operacional deve ser dividido em três componentes: Proveitos operacionais, custos operacionais e o resultado das transacções de jogadores e amortizações dos passes;
- Os proveitos operacionais espelham naturalmente a qualidade do nosso futebol, descendo 10% face à época transacta;

- Os custos operacionais, tal como os proveitos, evidenciam um agravamento substancial, aumentando 13%;

- A terceira componente, que incorpora as amortizações dos passes (divisão do investimento em jogadores nos anos dos contratos) e as compras/vendas de jogadores, justifica na totalidade os “bons” resultados apresentados, com uma receita extraordinária de 14, 1 milhões de euros;

- Ou seja, sem a compra e venda de jogadores, o resultado operacional seria de -5,9 milhões de euros, representando uma variação face ao ano anterior de -4,1 milhões de euros;

- Os custos financeiros mais do que duplicaram, atingindo agora os 1,3 milhões de euros;

- Olhando para o balanço assistimos a um aumento substancial do activo (passa de 131 milhões de euros para 145 milhões de euros), financiado em 10 milhões de capitais próprios e em 4 milhões de aumento de passivo. Conclui-se assim que este resultado operacional extraordinário não foi utilizado para a redução do passivo, mas sim para o aumento do activo;

- Com base no detalhe fornecido por este relatório, também se conclui que em termos de custos o aumento verificado deriva dos gastos com ordenados, ou seja, investimento no plantel.

O meu comentário:

- O clube continua erradamente a gastar o que não tem. O Passivo aumenta, mesmo quando temos boas receitas com vendas de jogadores. Quando não as tivermos, os resultados descambam facilmente para os 7 ou 8 milhões de euros negativos. Continuamos a não apostar numa política de futuro, onde:
1º só se gasta o que se tem;
2º são implementadas estratégias de aumento de receitas que possibilitem posteriormente um maior investimento no plantel.

2 comentários:

JG disse...

As conclusões dizem tudo...

Um dia isto vai acabar muito mal!

jvl disse...

E se calhar, ainda a tempo de o vermos...