terça-feira, 22 de julho de 2008

Ganhar, ganhar, ganhar

No Record de hoje:

"Luís Figo quer ter Ricardo Quaresma com ele em Milão. O ex-internacional português pensa que o Mustang já ganhou tudo o que havia para ganhar em Portugal e que está na altura de melhorar. O próprio Quaresma concordará com Figo, mas o negócio não depende deles.

“Depende do FC Porto. Eu acho que em Portugal, ele já ganhou tudo o que há para ganhar e, apesar de estar num excelente clube, há sempre hipóteses de melhorar”, disse Figo no estágio do Inter em Riscone di Brunico."

Será que a expressão "tudo o que há para ganhar" tem a ver com títulos ou com euros?

Confesso que me faz uma certa impressão esta ganância por dinheiro. Ainda por cima vindo de pessoas que já têm tanto. Já foi assim com o Figo, quando se mudou para o Real Madrid, poderá ser também com o Ronaldo se sair do Manchester. Não entendo.

Noutras situações, jogadores que para irem receber um salário um pouco mais elevado compromentem a sua carreira. Não é o caso do Quaresma (existem certamente dezenas de boas razões para querer sair do FCP), mas refiro-me por exemplo ao Ricardo, que trocou a titularidade certa no Sporting por uma vida complicada em Sevilha. Basta ver como anda a sua imagem hoje em dia. Compensou?

O mesmo poderá acontecer ao Moutinho, que numa idade ainda de aprendizagem, poderá
trocar o Sporting pelo Everton. Para quê? Não será arriscado? Não irá pôr em risco uma evolução que mais tarde poderá po-lo num clube com maiores aspirações? Esta estabilidade em Lisboa e o tratamento que é alvo por parte dos adeptos não tem também o seu valor?

Bem sei que estas opiniões são utópicas e que hoje vivemos num mundo onde só o dinheiro interesa.

Por falar em dinheiro...
Foi aqui muito dito sobre a estratégia empresarial do Sporting. Os próprios sócios votaram uma orientação estratégica que privilegia os accionistas em deterimento dos ... sócios. Mais uma vez, é quem tiver o dinheiro que vai mandar.
E depois aparecem noticias destas (também no Record):

"As autoridades italianas, disseram hoje que um gangue, ligado ao crime organizado, tentou comprar a Lazio, através de fundos obtidos com violência e intimidação.
Em 2006, o presidente do clube italiano, Cláudio Lotito, recebeu ameaças intimidatórias, com o objectivo de o forçar a vender o clube a uma sociedade liderada por Giorgio Chinaglia, ex-presidente do clube.
Uma fonte ligada à investigação com o nome de código “Asas Partidas” disse, à agência Reuters, que Chinaglia era um intermediário do clã Casalesi de Camorra, a versão napolitana da máfia."

1 comentários:

JG disse...

Um post muito interessante!

Quanto à ganacia dos jogadores,de facto é interessante ver como isso muitas vezes significa um enorme passo atrás nas suas carreiras! Aconteceu isso com Hugo Viana, com Simão (2 vezes), com Quaresma na primeira saída, com Ricardo (um caso flagrantíssimo. A saída foi má para ele e, na minha opinião, muito má também para o clube)e com tantos outros! Os jogadores enlouquecem com o som do metal e destroem a sua própria carreira ao não medirem a dimensão e altura da saída!

Penso que isso irá ocorrer novamente com Quaresma e irá certamente acontecer com Veloso se (o que não acredito) saír agora! Com Moutinho, penso que as hipoteses de isso acontecer também são grandes. Corre o risco de mergulhar no obscurantismo, mesmo jogando com regularidade, se saír para o Everton!

Quanto á reflexão sobre a Lazio, é muito pertinente! Para os que sonham com Abramovics, é bom que reflictam nestes sinais amarelos e vermelhos! Até porque mesmo que não acontecam as coisas que aconteceram com a Lazio, os Abramovics um dia cansam-se do brinquedo! É inevitável. a unica duvida é o quando...